Uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta sexta-feira (6) em Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, mira uma organização criminosa suspeita de aplicar um elaborado esquema de fraude na locação de veículos. O grupo utilizava “laranjas” para alugar carros e, posteriormente, revendê-los ilegalmente no Paraguai.
A ofensiva policial cumpre dez mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária pelos crimes de associação criminosa, estelionato e falsa comunicação de crime. A investigação, iniciada em fevereiro deste ano, aponta que os criminosos agiam com planejamento meticuloso para dificultar o rastreamento dos veículos.
Segundo a delegada Anna Karyne Turbay, responsável pelo inquérito, o grupo recrutava pessoas para servir como intermediários — os chamados “laranjas”. Esses indivíduos eram usados para formalizar os contratos de locação com empresas de aluguel de veículos. Após a retirada dos automóveis, os veículos eram encaminhados para áreas próximas à fronteira do Brasil com o Paraguai, especialmente nos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
“Quando os automóveis se aproximavam da área fronteiriça, os integrantes da organização orientavam os laranjas a registrar falsas ocorrências de roubo, numa tentativa de dificultar a rastreabilidade e encobrir o desvio dos veículos”, explica a delegada.
A tática visava simular que os carros haviam sido vítimas de assalto, livrando os verdadeiros responsáveis da suspeita direta e confundindo os registros policiais. Com a falsa comunicação de crime, os rastros do veículo eram “apagados”, o que facilitava a remessa para o Paraguai, onde os automóveis eram vendidos no mercado clandestino.
A operação tem como principal objetivo desmantelar a quadrilha e, com base nas provas coletadas, tentar recuperar os veículos desviados. As buscas também pretendem identificar outros envolvidos no esquema, especialmente os receptadores dos carros no território paraguaio.
Até o momento, os investigadores mantêm sob sigilo o número total de veículos fraudados, mas há indícios de que a organização tenha movimentado dezenas de automóveis em poucos meses. As investigações continuam, e os presos serão interrogados para detalhar o funcionamento da estrutura criminosa.
A Polícia Civil não descarta o envolvimento de mais pessoas e deve solicitar o apoio de autoridades paraguaias por meio de cooperação internacional para rastrear os veículos que já cruzaram a fronteira.
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Imagem: Divulgação / Polícia Civil do Paraná
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