Na esteira da decisão judicial que cassou os mandatos do prefeito Rudisney Gimenes Filho (“Rudão”), da vice-prefeita Patrícia Millo Marcomini e do ex-vereador Ezequiel, a política em Pontal do Paraná se movimenta intensamente — com um nome ganhando destaque: Danilo Garbelotti.
Justiça Eleitoral e reflexos na sucessão
A sentença do juiz Ricardo José Lopes, da 194ª Zona Eleitoral de Matinhos, determinou cassação, inelegibilidade por oito anos e multa de 5 mil UFIR (aproximadamente R$ 5,3 mil) para os envolvidos, por infração ao artigo 41-A da Lei nº 9.504/97, que proíbe a doação de bens ou vantagens em troca de voto.
Embora ainda exerça o cargo, Rudão segue sendo alvo de críticas, enquanto a incerteza formal sobre sua continuidade alimenta a corrida eleitoral que já está em curso.
Danilo Garbelotti: pré-candidatura consolidada
Danilo Garbelotti, ex-vice-prefeito de Pontal do Paraná (2013–2016), emerge como protagonista na disputa. Atualmente presidente municipal do PMB (35), conduz a reestruturação da legenda, trazendo novos filiados e lideranças.
Sua pré-candidatura aparece como alternativa ao continuísmo, com apoio de aliados que destacam sua experiência administrativa e sua capacidade de articulação política.
Vozes da comunidade
Nas ruas de Pontal do Paraná, a população reage com opiniões divididas:
- Maria de Lourdes, comerciante no Balneário Ipanema: “A gente quer mudança, não aguenta mais escândalo. Mas também precisa ter candidato limpo, que não traga vergonha pro município.”
- Paulo César, pescador de Shangrilá: “O Danilo tem força, já foi vice e agora tem partido organizado. Pelo menos está mostrando trabalho antes da eleição, diferente dos outros que só aparecem em cima da hora.”
- Ana Paula, estudante da região central: “O problema é confiar em político. A gente precisa de alguém novo, que não tenha rabo preso. Mas por enquanto, só vejo os mesmos nomes.”
Cenário político e nomes cotados
Além de Garbelotti, seguem lembrados na disputa:
- Osni Ceará (ex-vereador, possível vice em composição);
- Zé do Pontal (ex-prefeito);
- Tião do Mercado (ex-vereador);
- Zampieri (ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal);
- Zezo da Farmácia;
- Udo Leto (China da Pastelaria e da Chácara do China), comerciante e liderança comunitária.
Pré-candidatos cotados em Pontal do Paraná – 2025
Nome | Experiência Política | Base Eleitoral / Apoio | Pontos Fortes | Pontos Fracos |
---|---|---|---|---|
Danilo Garbelotti (PMB) | Ex-vice-prefeito, atual presidente do PMB | Organização partidária em expansão | Estrutura política; articulação forte | Disputa intensa com adversários |
Osni Ceará | Ex-vereador | Base comunitária | Experiência local | Baixa projeção municipal |
Zé do Pontal | Ex-prefeito | Reconhecimento popular | Conhecimento da máquina pública | Desgaste de gestões anteriores |
Tião do Mercado | Ex-vereador | Apoio em bairros | Proximidade com comércio local | Falta de estrutura partidária |
Zampieri | Ex-vereador e ex-presidente da Câmara | Articulação política local | Experiência legislativa e liderança | Menor alcance popular amplo |
Zezo da Farmácia | Empresário local | Comerciantes e moradores | Boa imagem comunitária | Inexperiência administrativa |
Udo Leto (China da Pastelaria e da Chácara do China) | Comerciante e líder comunitário | Forte no comércio e na comunidade | Popularidade em diferentes segmentos | Sem histórico político formal |
O impasse e as implicações
- Se a cassação de Rudão for confirmada em instâncias superiores, haverá novas eleições suplementares, aumentando o protagonismo de Garbelotti.
- Se Rudão permanecer no cargo até 2028, a eleição será dentro do calendário normal, mas marcada pela fragilidade do atual grupo.
Garbelotti precisa transformar estrutura em voto, enquanto adversários tentam ampliar suas bases comunitárias.
Conclusão
Danilo Garbelotti desponta como o pré-candidato mais estruturado do momento em Pontal do Paraná, liderando a reorganização do PMB e antecipando o debate sucessório.
Com a entrada de nomes como Zampieri e Udo Leto (China), o cenário eleitoral ganha novos contornos, mostrando que a disputa promete ser equilibrada entre experiência política, força comunitária e organização partidária.
O futuro do município dependerá das decisões da Justiça Eleitoral e da capacidade dos candidatos de conquistar a confiança da população.