Por Marcello Sampaio — Coluna Editorial “Polícia em Ação”
A polícia do Paraná segue mobilizada em uma intensa caçada a Juan, o homem que vem sendo chamado de “Lázaro Paranaense” pela brutalidade e frieza de seus crimes. Ele é o principal suspeito de assassinar a tiros sua companheira, Isabele, uma adolescente de 17 anos que estava grávida de oito meses. O caso chocou a população local e trouxe à tona um passado ainda mais sombrio do suspeito.
O crime bárbaro
Isabele e Juan mantinham um relacionamento conturbado. Juan trabalhava como capataz em uma propriedade rural, onde Isabele passou a morar ao iniciar o namoro. A jovem engravidou durante o relacionamento, e segundo relatos de pessoas próximas, o suspeito sempre demonstrou comportamento possessivo, ciumento e violento.
Quando a gestação chegou ao oitavo mês, Juan passou a levantar suspeitas de que o bebê não seria seu. Em meio a uma crise de ciúmes crescente, e sem qualquer prova, Juan decidiu tirar a vida da adolescente de forma brutal. Armado, ele disparou contra Isabele, que não teve qualquer chance de defesa. A jovem morreu antes mesmo de ser socorrida, levando com ela a criança que estava prestes a nascer.
Fuga e perseguição na mata
Logo após o homicídio, Juan fugiu para uma área de mata fechada nas imediações da fazenda. Desde então, equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, unidades especializadas do BOPE e cães farejadores têm atuado dia e noite na busca pelo fugitivo, que conhece bem a região e tem utilizado o conhecimento do terreno para dificultar as buscas.
De acordo com as autoridades, o suspeito está fortemente armado e representa um alto risco para quem tentar capturá-lo. Diversos bloqueios policiais foram montados, e drones com visão térmica estão sendo utilizados para vasculhar a mata.
As características de fuga, o comportamento calculista e a periculosidade de Juan levaram as forças de segurança a compará-lo com o caso de Lázaro Barbosa, que aterrorizou o Centro-Oeste em 2021.
Histórico de crimes e passado sombrio
Com o aprofundamento das investigações, a polícia descobriu que este não foi o primeiro crime de Juan. Ele já seria investigado por três homicídios anteriores, todos cometidos contra membros da própria família. As vítimas teriam sido assassinadas em circunstâncias ainda nebulosas, e até hoje os casos não haviam sido solucionados, mas recaíam sobre ele diversas suspeitas.
Segundo relatos de testemunhas colhidos pela investigação, Juan teria histórico de comportamento violento desde a adolescência. Era conhecido por acessos de raiva, ciúmes doentios e possessividade com pessoas próximas. Amigos e conhecidos afirmam que a relação com Isabele já apresentava sinais de violência doméstica, ameaças e controle psicológico muito antes do desfecho fatal.
População assustada
Moradores da região vivem dias de medo e incerteza. Muitas famílias, especialmente em áreas rurais próximas à mata onde Juan estaria escondido, têm evitado sair de casa. Escolas cancelaram aulas presenciais, e pequenos comércios encerraram as atividades mais cedo.
“Estamos com medo de cruzar com ele. Esse homem já matou e não tem mais nada a perder”, afirmou um morador da região sob anonimato.
As autoridades reforçam a orientação de que a população não tente qualquer contato ou abordagem, e que qualquer movimentação suspeita seja imediatamente comunicada aos canais oficiais da polícia.
Mobilização policial e cerco continua
As forças policiais continuam o cerco na tentativa de capturá-lo vivo, embora não descartem confrontos, já que o suspeito estaria preparado para resistir violentamente à prisão. O comandante da operação declarou que as buscas não têm prazo para acabar:
“Estamos com homens altamente treinados e equipados. Não descansaremos até que ele seja localizado e preso, seja aonde for.”
Além disso, a Secretaria de Segurança Pública do estado destacou que, por se tratar de um indivíduo extremamente perigoso, houve reforço de efetivo, envio de tropas de elite e apoio aéreo com helicópteros de visão noturna.
A última fase da caçada
Informações obtidas com exclusividade pela Coluna Polícia em Ação dão conta de que a polícia já teria rastreado ao menos duas novas áreas de esconderijo onde Juan poderia estar recebendo auxílio de pessoas próximas. Essas pistas são consideradas “as mais quentes” desde o início da caçada. As buscas estão cada vez mais próximas de um desfecho, segundo fontes da própria investigação.
“Agora estamos apenas a um passo de encerrar esse pesadelo”, disse uma fonte policial envolvida na operação.
O caso de Juan expõe, mais uma vez, o drama de muitas vítimas de violência doméstica, onde o perigo maior não vem de um desconhecido, mas de dentro de casa. Isabele, como tantas outras jovens, perdeu a vida por conta do ciúme doentio e do controle possessivo de um homem que não admitiu perder o domínio.
A caçada ao chamado “Lázaro Paranaense” segue como prioridade absoluta das forças de segurança do Paraná, e a população aguarda ansiosa por justiça.
Reportagem exclusiva de Marcello Sampaio — Coluna Editorial “Polícia em Ação” / GVPCom News