Formatura no Colégio Farroupilha levanta questionamentos sobre cachês e uso consciente de recursos privados
A organização das festividades de formatura do Ensino Médio de 2025 no Colégio Farroupilha, tradicional instituição de ensino de Porto Alegre, está gerando debate entre pais, alunos e a comunidade em geral. O motivo é a aprovação de orçamentos que variam entre R$ 80 mil, R$ 100 mil e R$ 150 mil para a contratação de atrações musicais, todas oriundas de fora do estado.
Embora os recursos sejam privados — provenientes da contribuição voluntária dos pais dos alunos formandos —, a ausência de uma opção de orçamento sem a contratação de artistas de renome nacional para ser votada pela totalidade das famílias levantou preocupações quanto à transparência e ao critério de prioridade nas escolhas.
O que se quer saber, com a investigação jornalística em andamento, é justamente quais artistas poderiam ser contratados ou não, e por que o orçamento não considerou alternativas mais econômicas ou socialmente conscientes. Muitos pais e membros da comunidade questionam se valores tão altos não poderiam ser melhor empregados, por exemplo, com a contratação de atrações locais, com cachês mais acessíveis, valorizando talentos regionais e promovendo um evento igualmente marcante, porém mais sustentável financeiramente.
Alguns pais expressaram sua insatisfação com os rumos da organização. “Não se trata de criminalizar ninguém, mas questionar prioridades. Educação é exemplo, e esse exemplo que está sendo dado é equivocado”, comentou M.S., mãe de uma aluna da turma.
Outro pai, que pediu para não ser identificado, lamentou a falta de diálogo: “A decisão foi tomada sem consulta ampla. Muitos de nós só soubemos do valor aprovado depois. É frustrante ver que não houve uma opção sem show nacional”.
Já L.P., pai de um estudante, demonstrou preocupação com o uso dos recursos: “Ninguém é contra uma boa festa, mas gastar até R$ 150 mil em uma atração artística é desproporcional. Isso poderia ser revertido para algo mais educativo, ou até para apoiar alguma causa social”.
Até o fechamento desta edição, a instituição de ensino não respondeu aos questionamentos encaminhados pela reportagem. O Grupo GVPCom vai seguir acompanhando o caso de perto e encaminhará toda a documentação e levantamentos realizados ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul para análise e eventuais providências.
O objetivo da apuração não é criminalizar as decisões da comissão de formatura, mas promover um debate necessário sobre os valores que guiam escolhas em um momento simbólico como a conclusão do ciclo escolar. A reflexão gira em torno da responsabilidade social, da coerência com os princípios educacionais e da participação democrática nas decisões que envolvem toda a comunidade escolar.
Por Marcello Sampaio
Jornalista Investigativo – Grupo GVPCom de Comunicação
EXCLUSIVO | GVPCom News + Tribuna da Cidade Investigação emperrada esbarra em nomes do poder;…
Por Marcello Sampaio | GVPCom News O samba é mais do que uma expressão artística.…
Por Marcello Sampaio | GVPCom News O samba é mais do que um ritmo musical…
Por Marcello Sampaio | GVPCOM News Curitiba segue sendo um reduto vibrante da cena rock'n'roll…
Por Marcello SampaioGrupo GVPCom de ComunicaçãoWhatsApp Profissional: (41) 3798-8651Instagram: @marcello_sampaio_gvp O Athletico Paranaense está novamente…
Opinião | Em vez de polemizar o grafite, que tal limpar de verdade a cidade…