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O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (SISMMAR) se vê novamente no centro de uma polêmica. Após denúncias anteriores envolvendo supostas violações de direitos trabalhistas e casos de assédio moral e sexual, um novo episódio causou revolta entre servidores da rede municipal de educação.

Desta vez, a indignação foi provocada por uma viagem de lazer do professor José Afonso Strozzi, que ocupa o cargo de diretor no sindicato. Licenciado pela Prefeitura para atuar exclusivamente no SISMMAR, José Afonso deveria cumprir carga horária de quatro horas diárias, cinco dias por semana, conforme estabelece a portaria municipal que rege este tipo de afastamento.

Apesar dessa condição, ele se ausentou do trabalho por três dias para viajar à Jamaica, mesmo sem ter direito a férias ou qualquer tipo de afastamento autorizado. O salário do servidor continua sendo pago normalmente pelos cofres públicos.

Fotos e repercussão
A repercussão entre os professores foi imediata após fotos de José Afonso curtindo passeios no país caribenho serem amplamente divulgadas em grupos de WhatsApp. Servidores ouvidos pela reportagem se dizem indignados com a postura do diretor.

“Se fosse qualquer outro servidor, já teria falta anotada e processo administrativo em andamento. O problema é que parece que para alguns a regra não vale”, criticou um professor da rede, que pediu anonimato.

Outro servidor destacou a incoerência: “O sindicato cobra tanto o cumprimento de direitos e deveres por parte da Prefeitura, mas parece que não aplica os mesmos critérios internamente”.

Sindicato tenta justificar
Uma das diretoras do SISMMAR, que também está licenciada para atuar no sindicato, confirmou à reportagem que José Afonso viajou por três dias e que teria comunicado previamente à entidade. Segundo ela, a ausência seria uma compensação por supostas horas extras trabalhadas.

Contudo, tanto a legislação municipal quanto a própria portaria que concede a licença sindical deixam claro que servidores licenciados não podem realizar horas extras nem acumular banco de horas. Não há respaldo legal para esse tipo de compensação.

Falta deve ser comunicada
O procedimento correto seria que o SISMMAR lançasse as faltas nos registros e informasse a Secretaria Municipal de Educação (SMED), que controla a frequência dos servidores licenciados com base nos dados fornecidos pelo sindicato. Questionada sobre a comunicação das faltas, a direção do SISMMAR não respondeu até o fechamento desta matéria.

Enquanto isso, servidores da educação seguem aguardando um posicionamento oficial e cobram que o caso tenha o tratamento adequado.

Reportagem: Marcello Sampaio – GVPCom News

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