Por Marcello Sampaio | Portal GVPCom News – Editorial Esportes
Curitiba, 4 de junho de 2025 — A Ligga Telecom emitiu uma nota à imprensa nesta quarta-feira (4) demonstrando surpresa com a decisão do Club Athletico Paranaense de suspender a utilização do nome “Ligga Arena” na identificação oficial do estádio conhecido como Arena da Baixada, em Curitiba. A medida do clube marca um novo capítulo na conturbada relação envolvendo o contrato de naming rights firmado entre as duas partes.
Segundo a operadora de telecomunicações, “negociações estão em curso” e o diálogo tem como objetivo revisar os termos contratuais vigentes. A Ligga destacou ainda que o contrato prevê cláusulas de confidencialidade, impedindo a divulgação de detalhes sobre as conversas em andamento.
“A Ligga Telecom foi surpreendida com a decisão do Club Athletico Paranaense de suspender a utilização do nome ‘Ligga Arena’ na identificação do estádio, visto que negociações estão em curso. Ressaltamos que o diálogo entre as partes tem o objetivo de revisar os termos do contrato de naming rights vigente, com foco na construção de uma solução que atenda aos interesses mútuos (…)”, diz trecho da nota divulgada.
Entenda o Caso
O contrato de naming rights foi firmado em junho de 2023, quando o Athletico Paranaense anunciou que passaria a chamar seu estádio de Ligga Arena. Em contrapartida, a Ligga Telecom se comprometeria, segundo informações de bastidores, a pagar cerca de R$ 200 milhões ao clube ao longo de 15 anos. Apesar dos valores nunca terem sido oficialmente confirmados, a cifra circula como referência nos bastidores esportivos.
A surpreendente decisão do Athletico de deixar de usar o nome “Ligga Arena” levanta questionamentos sobre o andamento do contrato e possíveis descumprimentos de obrigações financeiras ou divergências quanto às cláusulas firmadas.
Silêncio Rubro-Negro
Até o momento, o Athletico Paranaense não se pronunciou oficialmente sobre a suspensão ou sobre os motivos que levaram à medida. A iniciativa partiu unilateralmente, sem anúncio formal, o que acirra as especulações de crise na parceria.
A ausência de posicionamento público do clube também reforça o clima de incerteza, especialmente entre os torcedores e o mercado publicitário, que acompanhava o projeto como referência nacional no uso de naming rights no futebol.
Possíveis Impactos
A ruptura — mesmo que temporária — pode representar impactos significativos tanto na imagem do estádio quanto na relação institucional entre o clube e a empresa patrocinadora. Especialistas avaliam que o impasse pode afetar novos acordos comerciais e comprometer a credibilidade de futuras parcerias no cenário esportivo nacional.
Além disso, um eventual rompimento contratual pode levar a disputas judiciais, já que valores expressivos e obrigações mútuas estão em jogo.
Conclusão
O episódio evidencia os riscos e desafios envolvidos em contratos de naming rights, especialmente em um mercado como o brasileiro, ainda em fase de amadurecimento nesse tipo de acordo. Enquanto o Athletico permanece em silêncio, a Ligga busca manter uma postura conciliadora, indicando que as portas para um entendimento seguem abertas.
O torcedor, por sua vez, acompanha atento a mais esse capítulo que envolve o estádio Mario Celso Petraglia, oficialmente batizado em homenagem ao atual presidente do clube, mas comercialmente conhecido até então como Ligga Arena.
Marcello Sampaio
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