Publicado em: Junho de 2025
Reportagem Especial — Marcello Sampaio | GVPCom News
Em fevereiro de 2025, a cidade de Foz do Iguaçu foi tomada pelo choque e pela comoção após o brutal assassinato da jovem universitária Zarhará Hussein Tormos, de 25 anos. Estudante de Biomedicina e com uma vida inteira pela frente, Zarhará foi encontrada morta dentro do próprio carro, amarrada, com sinais de execução à queima-roupa.
A seguir, o GVPCom News traz a reconstrução completa do caso, com base em fontes oficiais, investigações da Polícia Civil e relatos emocionantes de familiares e autoridades.
LINHA DO TEMPO COMPLETA DOS FATOS
26 de fevereiro de 2025 — O DESAPARECIMENTO
- Zarhará foi vista pela última vez saindo da faculdade particular onde cursava Biomedicina.
- Era noite. A jovem, que morava sozinha, deixou o campus dirigindo seu Onix vermelho.
- A partir dali, familiares perderam totalmente o contato.
Segundo a família, após sair da faculdade, a jovem não atendeu mais o celular, o que gerou preocupação imediata.
28 de fevereiro de 2025 — O ENCONTRO DO CORPO
- Após dois dias de buscas, o carro de Zarhará foi localizado próximo à Rodovia das Cataratas, rota de acesso ao Parque Nacional do Iguaçu.
- O veículo estava abandonado em área de mata.
- No banco traseiro, policiais encontraram o corpo da jovem:
- Com mãos e pés amarrados com cordas.
- Com perfurações de arma de fogo (um tiro na cabeça e outros no corpo).
- Havia forte indício de execução premeditada.
A Polícia Científica isolou a área e iniciou os primeiros trabalhos periciais ainda no local.
01 de março de 2025 — INVESTIGAÇÃO GANHA FORÇA
- A Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu assumiu o caso.
- Equipes iniciaram buscas por imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas.
- As primeiras pistas começaram a surgir.
02 de março de 2025 — A PRINCIPAL SUSPEITA
- Informações preliminares apontaram para o ex-namorado de Zarhará, com quem ela possuía medida protetiva desde novembro de 2024.
- Segundo familiares, o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento e chegou a sequestrar o gato da jovem meses antes.
- A Patrulha Maria da Penha confirmou a existência da medida judicial.
No entanto, as investigações começaram a revelar um enredo ainda mais complexo.
03 de março de 2025 — O ENVOLVIMENTO DA “AMIGA”
- Câmeras de segurança revelaram imagens cruciais:
- Zarhará foi abordada por sua amiga Aline M., de 26 anos, pouco antes do desaparecimento.
- Aline, que estava em prisão domiciliar, usava tornozeleira eletrônica.
- O monitoramento da tornozeleira confirmou sua presença no local e horário do crime.
As evidências colocaram Aline no centro da investigação.
05 de março de 2025 — PROVAS DIGITAIS REVELADORAS
- Após a morte, o notebook da vítima foi acessado remotamente.
- Técnicos rastrearam o IP utilizado, que levava à residência de Carlos S., 29 anos, namorado de Aline.
- A polícia apreendeu o equipamento, adicionando novas provas contra os dois suspeitos.
07 de março de 2025 — PRISÕES DECRETADAS
- A Polícia Civil pediu e obteve as prisões preventivas de Aline M. e Carlos S.
- Ambos passaram a ser formalmente acusados de:
- Homicídio qualificado.
- Ocultação de cadáver.
- Fraude processual.
15 de março de 2025 — PROVAS CIENTÍFICAS FINAIS
- Exames de DNA comprovaram a presença do material genético de Aline nas cordas utilizadas para amarrar a vítima.
- A perícia balística confirmou que a arma do crime foi uma pistola 9mm.
- Segundo os peritos, houve disparo à curta distância, com características típicas de execução.
20 de março de 2025 — COMOÇÃO POPULAR
- A cidade foi às ruas.
- Mais de 1.500 pessoas participaram de manifestações pedindo justiça.
- O caso tomou dimensão nacional, com ampla cobertura da imprensa.
25 de junho de 2025 — INÍCIO DO PROCESSO JUDICIAL
- A Justiça do Paraná iniciou as audiências de instrução e julgamento.
- Testemunhas, peritos, familiares e os acusados foram ouvidos.
- O Ministério Público reforçou a tese de crime premeditado, motivado por ciúmes, vingança e conflitos pessoais.
PERFIS DOS ENVOLVIDOS
A VÍTIMA
Zarhará Hussein Tormos, 25 anos.
Estudante de Biomedicina, carinhosa, dedicada e muito querida por amigos e familiares.
OS ACUSADOS
Aline M., 26 anos.
Suposta amiga da vítima, reincidente criminal, estava em prisão domiciliar na época.
Carlos S., 29 anos.
Namorado de Aline, acusado de participação ativa no crime e ocultação de provas.
AS PROVAS-CHAVE DO CASO
Imagens de câmeras de segurança.
Geolocalização da tornozeleira eletrônica.
DNA nas cordas de contenção.
Notebook acessado pós-crime.
Balística confirmando o tipo de arma utilizada.
DEPOIMENTOS MARCANTES
“Minha filha confiava nela. Nunca imaginei que minha filha seria vítima de alguém que dizia ser amiga.”
— Mãe de Zarhará
“Foi uma execução planejada, fria e brutal. As provas são sólidas.”
— Delegado Marcelo Dias
“O material genético encontrado nos ligou diretamente à principal acusada.”
— Perita Giovana Antonucci
“Eles tiraram não só a vida dela, mas destruíram uma família inteira.”
— Morador de Foz do Iguaçu
“A pior dor do mundo é a dor de perder alguém que você ama. Hoje morreu uma parte de mim com você.”
— Irmão de Zarhará, Mohamed Lesque
AS POSSÍVEIS PENAS
- Aline M.: 17 a 45 anos de reclusão.
- Carlos S.: 13 a 34 anos de prisão.
CONCLUSÃO DO GVPCom NEWS
O Caso Zarhará escancarou uma trama de traição, manipulação e violência extrema. Mais que um homicídio, o assassinato de Zarhará expõe o lado mais sombrio de relações tóxicas e da incapacidade de certos indivíduos lidarem com o fim de vínculos pessoais.
A atuação firme da Polícia Civil, com suporte da Polícia Científica e do Ministério Público, desvendou um crime meticulosamente planejado. Agora, a Justiça tem nas mãos o desafio de aplicar as penas cabíveis e dar algum alento à família destruída.
O GVPCom News continuará acompanhando todos os desdobramentos do julgamento e manterá o compromisso de trazer ao público a verdade dos fatos.
Reportagem: Marcello Sampaio — GVPCom News
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