Por Marcello Sampaio e equipe do Grupo GVPCom – Direto de São Paulo
Durante o ato realizado neste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a tentar falar inglês em uma manifestação pública, desta vez utilizando uma adaptação do famoso slogan do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Make Brazil great again”, disse Bolsonaro, em uma tentativa de reforçar seu apelo internacional, ao lado de apoiadores e parlamentares. A frase foi mencionada após o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) relembrar falas anteriores de Bolsonaro, quando o ex-presidente viralizou ao tentar discursar em inglês no mesmo local, em abril deste ano.
Na ocasião anterior, Bolsonaro havia afirmado: “Popcorn and ice cream sellers sentenced for coup in Brazil” (vendedores de pipoca e sorvete condenados por golpe no Brasil), o que se tornou motivo de repercussão nas redes sociais. Durante o evento deste domingo, Gayer fez questão de provocar: “Seguindo seu exemplo do ‘popcorn’ e ‘ice cream'”, reforçando a cena que ficou marcada na memória dos apoiadores.
Críticas ao Judiciário e defesa política
No mesmo evento, Gustavo Gayer criticou duramente o sistema judiciário brasileiro, afirmando que ele representa “o maior risco para nossa democracia”. Durante sua fala, o deputado reproduziu em alto-falantes áudios de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o que intensificou o tom de protesto dos manifestantes.
Bolsonaro foi o último a discursar. Ao longo de quase 30 minutos, o ex-presidente se defendeu das acusações relacionadas ao suposto golpe de Estado e voltou a questionar a condução das investigações do 8 de Janeiro, retomando a tese de que “infiltrados de esquerda” estariam envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes.
Durante sua fala, Bolsonaro também mencionou a possibilidade de voltar a disputar as eleições, enfatizando a necessidade de “50% da Câmara e 50% do Senado” para uma verdadeira mudança no país. “Não interessa onde eu esteja ou a covardia que façam comigo, o objetivo não é prender, é eliminar”, disse o ex-presidente, em um discurso que alternou apelos à pacificação e críticas institucionais.