Araucária em pauta: prefeito tenta reorganizar governo com mudanças e pressão popular por nova secretaria de segurança

Por Marcello Sampaio
Jornalista Investigativo – Grupo GVPCom de Comunicação
Atualizada em 06 de junho de 2025

A cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, tem vivido uma semana de intensas movimentações políticas. O prefeito Gustavo Botogoski (PL) promoveu uma série de mudanças no alto escalão da administração municipal, numa tentativa de reorganizar o governo e conter desgastes internos.

As alterações atingiram secretarias estratégicas e diretorias-gerais, gerando reações diversas entre servidores, lideranças locais e, principalmente, entre a população — que acompanha de perto os desdobramentos.

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Mudanças no governo

Na Secretaria de Inovação, o secretário Tiago Francisco da Silva, que ocupava o cargo desde o início da atual gestão, pediu exoneração nesta terça-feira, 3 de junho. O substituto ainda não foi nomeado.

Na Cohab (Companhia de Habitação de Araucária), o então diretor administrativo financeiro Wilson Sobânia deixou o cargo na semana passada. Para o seu lugar, foi deslocada Cirlene da Cruz, que estava na diretoria geral da Secretaria Municipal de Administração (SMAD) até 31 de maio.

Na Secretaria de Urbanismo (SMUR), o ex-diretor geral Enio da Silva também foi exonerado. Para o seu lugar, foi nomeada Naomy Endo Moreira Paes, arquiteta com ampla experiência dentro da própria secretaria.

A Secretaria de Assistência Social (SMAS) também passou por mudanças: o diretor geral Leonardo Ferreira deixou o cargo, mas continuará na equipe como diretor de departamento, exercendo seu cargo efetivo de assistente social. A nova direção geral da SMAS ainda não foi definida.

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Clamor por uma nova Secretaria de Segurança

Com o cenário instável e crescente sensação de insegurança em alguns bairros, ganha força a proposta de criação de uma nova Secretaria Municipal de Defesa Social e Segurança Pública — uma sugestão enviada formalmente ao gabinete do prefeito por representantes da sociedade civil e amplamente defendida por moradores nas redes sociais e nas ruas.

A ideia é que a nova secretaria atue de forma estratégica e integrada com as forças estaduais, valorizando a Guarda Municipal, ampliando rondas, sistemas de monitoramento por câmeras e ações sociais de prevenção à violência.

“Essa cidade cresceu muito e precisa de uma estrutura mais robusta para lidar com a segurança pública. O prefeito tem que ouvir a população e agir rápido”, comentou R.R., comerciante do bairro Iguaçu.

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População dividida

As trocas no primeiro escalão provocaram reações divididas. Parte da população critica o que chama de “amadorismo e improviso”, enquanto outros defendem o direito do prefeito de ajustar sua equipe conforme as necessidades da gestão.

“É muita dança das cadeiras. A sensação é de que ninguém sabe o que está fazendo lá dentro. Falta planejamento”, disse C.M., servidora pública municipal há mais de 15 anos.

Outro morador, F.L., taxista, declarou apoio às decisões recentes: “O prefeito está fazendo o certo. Trocar quem não entrega resultado é preciso. Melhor isso do que fazer vista grossa.”

Já E.S., dona de casa e mãe de três filhos, faz um apelo: “A cidade está largada em várias áreas, mas a segurança e os serviços sociais precisam de atenção. Criação de nova secretaria seria um bom começo.”

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Clima de expectativa

Com os cargos ainda vagos e as movimentações em curso, cresce a expectativa sobre quem serão os próximos nomes indicados para ocupar postos estratégicos na administração. O gabinete do prefeito ainda não se manifestou sobre a criação da nova secretaria de segurança pública, mas interlocutores próximos afirmam que a ideia está sendo analisada com atenção.

Enquanto isso, lideranças comunitárias e associações de bairro continuam pressionando por mais transparência, planejamento e ação coordenada.

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Por Marcello Sampaio
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