Seis anos após o brutal assassinato do jogador Daniel Corrêa, o caso continua gerando desdobramentos, agora no campo pessoal e cível. Edison Brittes, condenado como autor do homicídio, cumpre pena em regime fechado. Cristiana Brittes, ex-esposa do réu, está legalmente separada e enfrenta uma nova batalha judicial: a divisão de bens do antigo casal.
O casamento de mais de duas décadas terminou oficialmente após a condenação de Edison, denúncias cruzadas e mudanças nas versões sobre o crime. Atualmente, os dois travam uma disputa pelos bens acumulados durante o matrimônio, incluindo o imóvel da família, localizado em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, que está embargado pela Justiça.
De acordo com a defesa de Edison, ele entende que foi o único responsabilizado no caso e deseja que a verdade sobre o crime venha à tona. A defesa de Cristiana, por sua vez, alega que o pedido de separação ocorreu em função de ameaças de morte e violência psicológica por parte de Edison após a condenação.
“O processo cível não se mistura com o crime que já foi julgado. O divórcio e a partilha devem seguir seu curso independente das questões penais”, explicou Clarissa Taques, advogada de Edison Brittes.
A advogada Giulliana Pithan, que representa a família de Daniel Corrêa, informou que o imóvel está bloqueado por decisão judicial para garantir eventual indenização à filha da vítima. “Estamos buscando assegurar os direitos da família de Daniel e, por isso, pedimos o embargo”, reforçou.
O julgamento de Edison Brittes foi concluído em março de 2024, quando ele foi condenado a 42 anos, 5 meses e 24 dias de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação no curso do processo.
Reportagem: Marcello Sampaio