Reportagem de Lohan Ferreira Pinto — Especial para a Coluna Polícia em Ação, com edição de Marcello Sampaio — Editorial Polícia em Ação / Portal GVPCom News
Em mais um caso inusitado registrado em Curitiba, um homem mobilizou equipes de resgate após afirmar que havia sido agredido e jogado em um rio. No entanto, ao chegarem ao local, os socorristas do Siate se depararam com um relato inesperado: segundo a própria vítima, o agressor seria uma ratazana.
O chamado foi feito na madrugada de quinta-feira, em uma região de córrego no bairro CIC. Os socorristas encontraram o homem com alguns ferimentos superficiais. Ainda sob forte efeito de entorpecentes, ele contou que teria sido atacado por um enorme roedor e, durante o que classificou como uma “luta corporal”, acabou caindo no córrego.
“Fomos acionados por conta de uma lesão física. Ao chegar ao local, encontramos um usuário de drogas que alegou ter sido atacado por uma ratazana, entrou em luta corporal com o animal e acabou caindo no córrego”, relatou o cabo Nunes, do Siate.
Ainda de acordo com o socorrista, não foram constatados traumas significativos no homem. “Não tinha nenhum trauma, mas estava totalmente sob efeito de entorpecentes. Os arranhões que ele tinha no pescoço eram autoinfligidos, feitos pelo próprio indivíduo durante o surto”, explicou.
A ocorrência chamou atenção não apenas pelo relato incomum, mas também pela mobilização dos recursos de emergência. “É um recurso que é empreendido em uma situação e poderia estar em outra. Apesar de parecer engraçado, é triste pelo fato de o indivíduo ser um usuário de drogas e estar em uma condição vulnerável”, lamentou o cabo Nunes.
Segundo apuração do GVPCom News, casos semelhantes têm sido cada vez mais frequentes na capital, principalmente envolvendo pessoas em situação de rua e dependência química. As forças de segurança e os serviços de emergência têm trabalhado constantemente no atendimento dessas ocorrências, que exigem, além de socorro físico, atenção especializada na área social e de saúde mental.
A Defesa Civil de Curitiba reforça que situações envolvendo o uso de drogas nas ruas aumentam o risco de acidentes e expõem não apenas os usuários, mas também a sociedade, a situações de risco desnecessário.
A vítima foi encaminhada ao hospital para avaliação médica e acompanhamento especializado. A Polícia Militar acompanhou o atendimento, mas não houve necessidade de registro de boletim de ocorrência criminal, já que o caso não envolvia terceiros.
Reportagem de Lohan Ferreira Pinto — Especial para a Coluna Polícia em Ação, com edição de Marcello Sampaio — Editorial Polícia em Ação / Portal GVPCom News