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Por Marcello Sampaio – Jornalista investigativo do GVPCom News

O corpo da miss baiana Raíssa Suellen Ferreira da Silva, 23 anos, foi encontrado na manhã desta segunda-feira, 9 de junho, em uma área de matagal nos fundos da empresa Cassol, no bairro Thomaz Coelho, em Araucária, região metropolitana de Curitiba. A jovem, que ostentava o título de Miss Serra Branca Teen da Bahia, estava desaparecida desde a segunda-feira anterior, dia 2 de junho.

O principal suspeito do crime, o humorista Marcelo Alves dos Santos, se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba acompanhado de seu advogado. Ele confessou o assassinato e levou a polícia ao local onde havia enterrado o corpo.

Segundo a delegada Aline Manzatto, Marcelo e Raíssa se conheciam desde a infância, quando ela fazia parte de um projeto social de kung-fu coordenado por ele na Bahia. Três anos atrás, ele a convidou para tentar uma nova vida em Curitiba. Raíssa chegou a morar com familiares de Marcelo por um curto período, mantendo desde então uma relação de contato e ajuda eventual com o suspeito.

Na sexta-feira (30 de maio), Marcelo ofereceu a Raíssa uma proposta de emprego em Sorocaba (SP) e combinou de buscá-la na segunda-feira (2). Após o encontro, ele a levou até sua residência, onde teria declarado estar apaixonado por ela. Raíssa, conforme a delegada, rejeitou as investidas e o ofendeu verbalmente, gerando uma reação extrema: Marcelo usou uma abraçadeira plástica, conhecida como “enforca-gato”, para estrangulá-la.

Ainda segundo as investigações, após o crime ele enrolou o corpo da jovem em uma lona e o amarrou com fita adesiva. Em seguida, chamou o próprio filho para ajudá-lo. Apesar da resistência do rapaz, que o incentivou a se entregar, Marcelo colocou o corpo no porta-malas de um carro emprestado e o enterrou em uma cova rasa na área de mata em Araucária.

A identidade de Raíssa será confirmada oficialmente após a conclusão da perícia. O caso segue sob investigação da DHPP, que também apura os antecedentes de Marcelo na Bahia.

Defesa alega “violenta emoção”

O advogado Caio Percival, que representa Marcelo, afirmou que o crime não foi premeditado e se deu sob domínio de “forte emoção” causada por uma “injusta provocação”. Segundo ele, o cliente quis colaborar com a polícia e decidiu se entregar voluntariamente.

“Estamos tratando de uma tragédia que atingiu duas famílias. Marcelo agiu sob violenta emoção após ser rejeitado e insultado, o que pode caracterizar uma atenuante prevista no Código Penal”, declarou o advogado, citando a possibilidade de redução de pena em casos em que há provocação da vítima.

Ele afirmou que Marcelo permaneceu em casa durante os dias em que Raíssa era considerada desaparecida e só procurou assistência jurídica após ser intimado pela delegacia. “Não houve fuga. Ele estava aguardando a hora de se apresentar”, completou Percival.

Ocultação de cadáver e pedido de prisão

Com a localização do corpo, a delegada Aline Manzatto informou que irá formalizar a prisão em flagrante por ocultação de cadáver, crime de natureza permanente, e solicitar a prisão preventiva do suspeito, dado o impacto social do caso e para garantir a integridade física do acusado.

“Tudo o que ele narrou se confirmou com a perícia inicial no local. Mesmo tendo se apresentado, a comoção pública e os detalhes do crime justificam medidas mais duras”, afirmou a delegada.

Ela também destacou que Marcelo nega qualquer tipo de violência sexual. “Ele afirmou que nunca a tocou de forma íntima e que exames poderão comprovar isso.”

Luto e revolta

Familiares e amigos de Raíssa estão devastados. Uma prima da jovem declarou, em prantos: “Ela era cheia de sonhos, batalhadora. Não merecia esse fim”. A comunidade baiana e os círculos ligados a concursos de beleza lamentam profundamente a perda.

GVPCom presta homenagem

O Grupo GVPCom de Comunicação, por meio de seus canais — GVPCom News, Portal Tribuna da Cidade, Rádios Onda Nova e Agência de Notícias GVPCom —, presta solidariedade à família de Raíssa Suellen e repudia qualquer ato de violência contra a mulher.

Os diretores Marcello Sampaio e Osni Francisco Minotto reforçam o compromisso do grupo com o jornalismo investigativo e com a defesa da dignidade humana.

Que a justiça seja feita e que a memória de Raíssa inspire um combate ainda mais firme à violência de gênero.

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